sábado, 19 de maio de 2012

A dignidade do amor

Para o Domingo da solenidade da Ascensão do Senhor, neste ano, a Igreja propõe o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 16, 15-20 (ciclo B do Ano Litúrgico).

Antes de ser levado ao céu, sentar-se à direita de Deus, Jesus ordenou aos discípulos para irem pelo mundo inteiro e anunciarem a Boa Nova a toda criatura! Entretanto, perguntemos humildemente a Jesus: a que mundo ir? Se Ele está no céu, então como nos ajuda e nos acompanha na terra?

O mundo de Jesus da história se localizava na região de Galiléia, perto do mar de Genesaré, onde, no silêncio interior, discerniu a vontade do Pai, “curou os corações atribulados e enfaixou suas feridas” (ver Salmo 147,3), e chamou os doze, com os quais conviveu e aos quais ensinou as bem-aventuranças da misericórdia.

Acaso seria ao mundo da Galiléia que Jesus nos envia? Ou aos confins da terra que, posteriormente, para Paulo provavelmente era a Espanha? Transbordando a concepção geográfica, a etimologia grega do verbete “mundo” pode significar “força vital”, “duração de vida”, onde quer que estejamos, seja no Brasil, seja na outra margem do Atlântico... O mundo para onde Jesus nos envia é a vida, de preferência, dos necessitados de amor e de cuidado!

Visto que Jesus está à direita de Deus, como Ele nos ajuda e nos acompanha? O amor pelo qual se fazem presentes, em nós, os outros amigos e os familiares que estão longe, alude à experiência de Jesus, que mesmo em sua ausência se faz presente na realidade sacramental do amor.

Quando enfrentarmos as turbulências existenciais, a saber, falta de fé e dureza de coração, recordemos que o Pai em seu amor fidedigno jamais deixou Jesus. Do mesmo modo, Jesus nunca nos abandonará! Pois só o amor é digno de fé. Amém.

Carlos Rafael Pinto

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